quarta-feira, 11 de setembro de 2013



"Sobrevivo das expectativas de um amanhã diferente, como se hoje a rotina me consumisse e sobrassse apenas amanhã pra começar a viver. Mas amanhã agora é hoje e mais um passo vira ontem. A rotina permanece a mesma e as expectativas continuam para amanhã".

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Quando te disse que era melhor se afastar de mim estava tentando te prevenir do que somos agora.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

O presente me escapa só porque estou sempre a espera de um amanhã diferente.
E vivo a me lamentar de hojes não vividos, possibilidades deixadas pra depois.
Sempre depois.
Porque nunca estou pronta pra me assumir inteira, mas amanhã vou estar.
É sempre assim, deixo meus sentidos adormecidos enquanto não começo a viver de verdade.
Deixo tantas urgências acumuladas e sobrevivo na inércia.
Quem sou eu? Não saberia dizer.
Sou o oposto de mim mesma, sou a intensidade sufocada pela rotina, sou a liberdade presa por não saber ser.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Tudo em mim grita mas me sinto oca. Tudo em mim é intenso mas permaneço inerte. 
Quero tanto mas me contenho. 
E decido mudar toda noite quando o silencio se faz tão alto. 
Decido sempre ser outra porque nada que sou me preenche.
Em rascunhos, sou diferente, sou maiúscula, sou mais minha.
Sou tudo o que a rotina sufoca, tudo o que a razão afoga.
Sou a intensidade que racionalizo, sou o impulso que não sigo.
Mas não sei me ser fora do papel. Acumulo vontades. Me guardo pra depois.
De tudo que quero ser, sou oposta, limitada, sou omissa. 
Estou sempre me anulando, sempre deixando de viver.
Sempre cedendo, sempre sedenta, vazia de mim.
Tenho essa urgência de viver mas permaneço na inércia.
Tenho essa pressa de ser diferente mas sou sempre a mesma.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Há tanto de mim que se esconde, que se omite, que não se permite.
Há tanto  de mim que não ousa, não teima, e sequer se admite.
Há tão pouco de mim no meu riso de hoje, no retrato de ontem, nas expectativas de amanhã.
E tão pouco me resta além desse sorriso opaco, andar sem rumo, olhar deslocado.
Tinha tanto pra ser e acabei não sendo, quis tanto e hoje eu já nem sei. 
Andei silenciando vontades demais, por medo, por insegurança, por falta de coragem.
Andei sentindo de menos por falta de tempo, por falta de foco, por falta de espaço.
E eu que quis ser tanto, ser muito, ser tudo, me afundei nesse imenso nada que sou.
E eu que quis irradiar tanta luz, fui apenas essa presença opaca.