segunda-feira, 18 de abril de 2011

Há tanto de mim que se esconde, que se omite, que não se permite.
Há tanto  de mim que não ousa, não teima, e sequer se admite.
Há tão pouco de mim no meu riso de hoje, no retrato de ontem, nas expectativas de amanhã.
E tão pouco me resta além desse sorriso opaco, andar sem rumo, olhar deslocado.
Tinha tanto pra ser e acabei não sendo, quis tanto e hoje eu já nem sei. 
Andei silenciando vontades demais, por medo, por insegurança, por falta de coragem.
Andei sentindo de menos por falta de tempo, por falta de foco, por falta de espaço.
E eu que quis ser tanto, ser muito, ser tudo, me afundei nesse imenso nada que sou.
E eu que quis irradiar tanta luz, fui apenas essa presença opaca.

2 comentários:

  1. Adorei o texto, muito massa mesmo. E muito obrigado pela visita lá no blgo!;) Té+

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  2. Que delícia receber tua visita e dar de cara com teu blog. Adorei! Você é ótima.
    Beijos.

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